Dia dos Reis e os Signos Astrológicos...


O Presépio trouxe consigo o conhecimento dos Reis Magos, festejados no dia 6 de Janeiro, dia do Astrólogo.

Diz Mateus: “tendo nascido Jesus em Belém na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do Oriente para Jerusalém três Magos que perguntavam: “Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus? Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo…” . A tradição fixou em três os reis por serem três presentes levados: incenso, ouro e mirra e na idade média foram denominados de Melchior, Baltazar e Gaspar. No livro dos Salmos (S1.71,11) temos a citação: “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.

Eram denominados Reis Magos ou Sábios do Oriente. Os Magos pertenciam à doutrina de Zaratrusta, a sabedoria estava ligada ao estudo da Astronomia e da Astrologia. Até hoje os sacerdotes Persas (atual Irã) são Astrólogos. Se seus nomes são verdadeiros não sabemos, se foram doze as noites de caminhada, não sabemos, sabemos sim, que ficou a crença e a força de uma história.

Eles vinham de diferentes regiões:

- Melchior significa: “Meu rei é a Luz”. Era Caldeu com a idade próxima dos setenta anos, vinha da cidade de Ur. Seu presente foi o ouro, o reconhecimento da riqueza da alma, a realeza do Ser.

- Baltazar significa: “Deus manifesta o Rei”. Com idade próxima dos quarenta anos, era mouro e vinha do Golfo Pérsico, na Arábia. Seu presente foi a mirra a perpetuação da humanidade (óleo usado para embalsamar os mortos).

- Gaspar significa: “Aquele que vai inspecionar”. Veio de uma região distante e montanhosa perto do Mar Cáspio, era jovem e forte, com idade próxima dos vinte anos. Seu presente foi o incenso, a subida da alma, o reconhecimento da divindade.

Essas regiões hoje se situam entre o Iraque e o Kuwait. Eles possuíam os mesmos conhecimentos e ao olharem o céu entenderam os presságios e se dirigiram para a mesma região. Estavam em sintonia com a sabedoria que a “Era de Peixes” traria o aprendizado da fé, o respeito pelo próximo que era um irmão, não de carne, mas de alma. A luz que os Reis avistaram representa a luz interior do homem, a consciência do respeito que precisa haver entre os homens, porque todos são filhos de um mesmo Pai, uma mesma energia. A estrela é o simbolismo de que o Divino, o Cosmo nos indica a direção a ser seguida: caminhar em direção da consciência do que fazemos com a vida: pessoal, familiar, emocional, social, profissional e planetária. Saímos da Era de Peixes e só agora o homem se volta para aquilo que fez de si e com o planeta que nele habita.

Astronomicamente a estrela de Belém seria uma referencia da aproximação do planeta Júpiter com a estrela Régulus que significa: pequeno rei. É a estrela mais brilhante da Constelação de Leão.

Os Magos representam os homens de diversas regiões unidos por uma mesma crença e busca. Podemos ter energia, origem, ideal, cultura e crença diferentes, mas é sempre uma mesma força que nos comanda, chamada Fé. A tradição da troca de presentes no Natal tem origem nos Reis Magos.

Na Catedral da cidade de Colônia na Alemanha, em seu altar-mor, se encontra três caixões revestidos de ouro, que vieram da Itália no séc. XII, com os restos mortais atribuídos aos Reis Magos, que a partir de 1164 foram considerados e venerados como Santos.

A quantidade de dias que eles caminharam, a partir da visão do brilho intenso no céu, até o encontro com Jesus, foram doze dias. Essa contagem é feita a partir do dia 25 de Dezembro. Por isso o dia 6 de Janeiro é o dia da Epifania: momento único de realização ou compreensão da essência e de um significado. É a manifestação divina, momento máximo de iluminação reconhecida. Cristo teve três epifanias: ao ser reconhecido como Rei dos judeus pelos três reis Magos, em seu batismo no rio Jordão por João Batista e em sua aparição depois de sua morte.

As doze noites simbolizam na Astrologia os doze signos e as doze casas astrológicas, que permitem o conhecimento da proposta de vida de uma pessoa ou de um evento. Representam nossa caminhada de evolução ao longo do ano. São as etapas que cumprimos para acionarmos outro nível de consciência e com ela, a gratidão por termos buscado a luz interior. Elas são chamadas de: “Noites Santas”. Período em que se visita conhecidos e amigos, levando alegria às suas casas. Isso na nossa cultura é denominado de “Folia de Reis” ou “Reisado”.

É solicitado ao dono da casa alimento e descanso para depois prosseguir a caminhada. No final dos 12 dias, chega-se ao local determinado para o agradecimento de tudo o que foi pedido ao longo da caminhada. Momento de festa e de oração para que os Reis Magos atendam ao longo dos meses daquele ano os pedidos feitos Esse dia é considerado o “Dia da Gratidão”. É uma festa popular também, na Europa. Nessa data se encerra para os católicos os festejos natalinos. Dia em que são desmontados os presépios e as árvores de natal. Os Reis Magos cumpriram sua missão!

A Astrologia nos ensina que a cada noite seguindo a ordem dos signos do zodíaco, um pedido ou benção pode ser feita:

Áries: que eu tenha força e coragem para iniciar a caminhada para o ano.

Touro: que use a praticidade e a persistência no cotidiano.

Gêmeos: que tenha flexibilidade e comunicação diante das situações.

Câncer: que possa proteger e nutrir a mim e a quem necessite.

Leão: que saiba usar a liderança e a autoridade de forma certa.

Virgem: que tenha disciplina e método no trabalho diário.

Libra: que acione equilíbrio e justiça em todas as ações e situações.

Escorpião: que saiba reorientar e transformar as dificuldades.

Sagitário: que tenha compreensão e tolerância na medida certa.

Capricórnio: que a estrutura e a maturidade sejam usadas com sabedoria.

Aquário: que use de forma correta a liberdade e a busca pelo progresso.

Peixes: que a sensibilidade e a humildade permaneçam no meu coração, para saber que sempre é tempo para re-começar.

Tudo o que recebemos dos Reis é para ser compartilhado. Compartilhando multiplicamos nossa energia de fé em nós mesmos.

Como a Igreja Católica adiou a festa romana dedicada ao deus Saturno, elas começaram a ser cultuadas depois das festas cristãs, nos meses de Fevereiro ou Março, de acordo com o calendário cristão. A Igreja Católica não concordava com as festas pagãs, mas como não conseguia proibi-las, no ano de 590, as permitiu, com a ressalva de que ao seu término fossem confessados os pecados cometidos.

Eram festas onde todos os excessos eram permitidos e a hierarquia social era quebrada e invertida. A nobreza se passava por pobres e aproveitavam o anonimato e os pobres se fantasiavam de reis e rainhas, era a forma que a nobreza usava para desviar a atenção do povo frente a opressão em que viviam. Alguns dias de ilusão, fantasia, liberdade e libertinagem os acalmavam. Algo muito parecido com nosso Carnaval.

No início da Era cristã, os padres edificaram uma política de extrema censura, exacerbando o pecado e alimentando o inferno e o sentido de culpa. Os abusos só seriam aceitos antes da Quaresma, com a condição de depois, haver uma confissão do que fora feito, para que penitências fossem cumpridas.

A palavra carnaval deriva de duas fontes:

1. Carnem levare: adeus à carne, depois de dias festivos sem censura, encerrava-se os prazeres carnais e os abusos sensuais e o homem voltava para seus dias comuns. Entrava-se então no período da Quaresma: período de reflexão interior, de entrar em contato com os pecados e de fazer penitências. Eram 40 dias que iam da quarta-feira de cinzas até o domingo de Páscoa quando acontecia a festa pela ressurreição de Cristo.

2. Carrum novalis: carro naval, uma espécie de carro em forma de barco que era enfeitado e levava as pessoas que queriam se divertir de forma incógnita e por isso usavam máscaras para se protegerem e não serem reconhecidas.

Existem registros de festas no antigo Egito em homenagem a deusa Ísis, para que as colheitas fossem fartas e as pragas nas plantações espantadas e para isso, o homem pintava o rosto e o corpo, confeccionava máscaras para espantar os maus fluidos. Eram rituais de magia, com danças e bebidas, algo que adormecia a auto-censura em nome dos deuses e os excessos eram desculpados.

Nem a censura religiosa, nem o pecado e a ameaça do inferno, fez com que o homem abrisse mão dessa festividade e com isso ela atravessou séculos, até chegar aos dias atuais. Era celebrado na Europa onde o Papa Paulo II, deu permissão para que a festa fosse feita em salões fechados. Desse tempo as festas carnavalescas mais conhecidas foram: a de Veneza e de Florença, onde as damas da corte podiam expressar a sedução e se protegerem atrás das máscaras.
No Brasil o carnaval veio com os portugueses, com o nome de Entrudo, que significa início. Eram batalhas de farinha e água e depois substituídas (por haver abusos e serem atirados toda espécie de lixo) por confetes e serpentinas. Somente no século XX o carnaval no Brasil recebeu a influência, os costumes e a tradição dos escravos, dando origem a uma música com um ritmo ímpar, reconhecido por todo o mundo. O carnaval tem uma figura marcante na festa: – é o Rei Momo, personagem inspirado nos bobos e bufos da corte, atores que divertiam os nobres, imitando-os.

A divulgação das festas foi crescendo e surgiram os grupos ou blocos que se fantasiavam e desfilavam pelas ruas em carros abertos. Isso evoluiu e surgiram os carros alegóricos. Muitas foram as mudanças para se chegar no carnaval que temos hoje, uma festa popular que atrai turistas de todas as partes do mundo.

Na Astrologia a casa da festa é a casa 5, no carnaval o signo que nela se encontra indica qual o estilo de roupa que podemos usar e os excessos que não podem ser cometidos!

Verbos dos signos:

Áries: Ser – você mesmo

Touro: Ter e Reter

Gêmeos: Pensar

Câncer: Sentir

Leão: Querer e Poder
Virgem: Analisar

Libra: Harmonizar

Escorpião: Transformar e Desejar

Sagitário: Compreender

Capricórnio: Ambicionar

Aquário: Saber

Peixes: Acreditar – em si

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Taróloga Cartomante Margarida Fernandes © 2012 |Wintech | Alojamento : WebHS